Problemas com o sono?

42ª EMC destacou a importância do correto diagnóstico para efetividade do tratamento

A 42ª Educação Médica Continuada (EMC) do Complexo Médico Provida realizada recentemente, em Tubarão, trouxe como tema: Polissonografia na prática clínica: tipos de exames, indicações e interpretações com base em casos clínicos. Palestra ministrada pela neurologista, especialista em Medicina do Sono do Provida, Dra. Aline Vieira Scarlatelli Bardini.

A médica trouxe aos demais especialistas a importância da polissonografia (PSG) no diagnóstico dos distúrbios do sono, na decisão clínica para um tratamento mais assertivo para apneia e outros distúrbios do sono.

“A polissonografia é o exame principal na medicina do sono, sendo essencial para quase todos os distúrbios do sono, exceto o distúrbio do ritmo circadiano, que é quando o ritmo de sono do relógio biológico e o ciclo externo claro-escuro estão desalinhados. O objetivo médico de fazer uma polissonografia é estudar e monitorar as variáveis fisiológicas durante uma noite de sono do paciente, fornecendo informações para o diagnóstico e tratamento”, explica a Dra. Aline.

A investigação realizada pela PSG dependerá de um profissional capacitado para avaliar o tipo de exame adequado conforme o quadro clínico e interpretação do exame considerando o quadro clínico do paciente.

“A polissonografia tipo 1 é realizada em laboratório do sono, como temos no Provida. Onde a pessoa dorme no local com a instalação de sensores corporais para avaliar os estágios do sono, o ronco, a posição corporal, eventos respiratórios, movimentos torácicos e abdominais, ritmos cardíacos e a movimentação das pernas e braços. Um técnico com experiência no exame assiste e acompanha o paciente”, destaca.

Polissonografia tipo II, III e IV

Tipo II: Semelhante ao tipo 1, com uso de todo os parâmetros, porém, realizado em casa, sem uma supervisão técnica.

– Tipo III: Exame também domiciliar, em que se utiliza um sensor de fluxo respiratório, uma cinta e sensores que captam saturação de oxigênio e frequência cardíaca. Indicado para o paciente com alta probabilidade de distúrbio respiratório do sono.

– Tipo IV: Exame domiciliar que consiste em oximetria noturna com ou sem outro parâmetro adicionado. Indicado como exame de triagem de distúrbios respiratórios do sono.

Adaptação do CPAP

O fisioterapeuta respiratório Fernando Schmitz de Figueiredo, discorreu sobre a importância da adaptação do CPAP, para que o paciente consiga utilizar o aparelho  de forma confortável e regular.

“Nos primeiros meses o fisioterapeuta fica mais próximo do paciente, corrigindo as dificuldades e desconfortos que alguns pacientes podem sentir. Isso vai predizer o quanto ele vai manter o tratamento. É na manutenção do tratamento que se atinge os benefícios de redução de risco cardiovascular, a melhora da qualidade de vida e a eficácia do tratamento da apneia”, completa.

42ª Edição

A 42ª edição da Educação Médica Continuada (EMC) contou com a presença de cardiologistas, clínicos, geriatras, pneumologista e psiquiatra, com apoio da Ortomed Comércio de Materiais Médicos, Hospitalares, Ortopédicos e descartais vem geral.

Palestrante:

Médica neurologista graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Residência médica em Neurologia pela Universidade de São Paulo – campus Ribeirão Peto (USP-RP), com formação na área de em Neurofisiologia Clínica e Medicina do Sono pela USP-RP

Mestre em ciências da saúde pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professora do curso de medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)

Coordenadora da Banca de polissonografia da Sociedade Brasileira Neurofisiologia Clínica

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